quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Habitação e Sustentabilidade Urbana

Deficiência de infraestrutura das cidades, índices de pobreza, insalubridade das habitações, alimentos contaminados, doenças como câncer e mal de alzheimer dão-nos conta de que vivemos uma época de várias crises: ecológica, ambiental, moral, energética e financeira, as quais abriram mudanças para novos conhecimentos e novas visões de mundo e de vida. Os problemas urbanos de natureza social rebatem no meio ambiente já que denuncia a má qualidade de vida como decorrência da degradação ambiental. Para nos sensibilizarmos com esta problemática, precisamos renovar nossos conceitos e práticas. Outra visão da relação entre a vida humana nas cidades e a biosfera está surgindo em todos os cantos do mundo com novas fronteiras do conhecimento. Para discutirmos algumas questões dentro desta problemática e mais especificamente as que envolvem a habitação e a sustentabilidade urbana, o IAB – instituto de arquitetos do Brasil – Núcleo Criciúma promove nos dias 25 e 26 de setembro com apoio da UNESC, o II Seminário de Planejamento Urbano: Habitação e Sustentabilidade Urbana.
O IAB traz a oportunidade aos arquitetos e demais pessoas interessadas numa nova consciência sobre a sociedade de ouvirem e debaterem com arquitetos pesquisadores de Brasília, São Paulo e Florianópolis e professores do Mestrado em Ciências Ambientais da Unesc sobre estas questões complexas que atingem a todos.
O desenvolvimento sustentável, segundo vários autores, é a idéia que se destina a “erradicar a pobreza, satisfazer as necessidades básicas e melhorar a qualidade de vida da população”, num movimento rumo ao equilíbrio. A nova visão rejeita o modelo que aí está, o qual caracteriza nossa época com medos, insegurança, poluição, degradação do meio ambiente, exaustão dos recursos naturais, pobreza, fome, insalubridade, poluição e consumo desenfreado. A proposta de mudança está dentro de uma nova educação voltada para a ecologia e o estímulo do respeito à natureza. A salvação da vida no planeta depende da consciência da sociedade e do conhecimento ecológico dos políticos no sentido de agirem para iniciarmos a mudança das cidades. A emergência da crise global depende de transcender os modelos clássicos, com mudança imediata de atitude, de consciência, de educação e de referências.

Arquiteta Izes Regina de Oliveira - Mestranda em Ciências Ambientais - Unesc